DEGUSTAÇÃO
- Vestal

- 9 de jul. de 2022
- 2 min de leitura
O desfecho de cada história emociona Vestal. Os artigos foram relidos com carinho e analisados, antes da edição. Cada um com sua trajetória, uns suaves, outros densos, se fossem escritos hoje, teriam outro alinhavo. Mas todos delicados, introspectivos, mostram como deveríamos tratar a relação conosco, com nossos dilemas. Lidos em sequência, por vezes apresentam alguma incoerência de pensamento, mas é importante frisar que existiu um espaçamento entre as escritas, e inspirações surgiram de circunstâncias diversas.
Em comparação com os primeiros textos, que tinham um ar brincalhão e descompromissado, a ação do tempo revela a modificação do ritmo da escrita, amadurecendo as ideias e aprendizados, deixando-os mais acentuados.
O Homem de fases, uma homenagem a um amigo, com muito escárnio. Menino Bonito mostra o conflito entre o frescor da juventude e a maturidade. O Porto Seguro foi inspirado na solidez do casamento. O Nascimento da Vestal explica a origem da personagem. O Homem Vulcão fala sobre homens que entram em ebulição por paixões. Amarras revela uma Vestal em busca de inspiração, ao contrário de Novos Tempos que sinaliza motivos para colorir a vida novamente. Parceiras foi idealizado com uma amiga, que divide conflitos semelhantes. Rio da Vida descreve um encerramento de uma história antiga e mal resolvida. Quimera questiona o gostar e o livre arbítrio dos sentimentos. Sabores sugere tipos de homens e suas relações com as mulheres. Cinderelas foi dedicado às amigas românticas e seus percursos amorosos. O Silêncio, escrito no momento de ruptura e reclusão. O Gosto do Sexo discorre sobre relações sexuais do ponto de vista feminino e feminista. Canções narra a influência das músicas em nossas vidas. O Tempo reflete sobre a reclusão no momento da pandemia. O Amor filosofa sobre sentimentos profundos. Amigo Homem começou a ser esboçado junto com os primeiros escritos, inspirado nas relações da personagem, porém, demorou para amadurecer a ideia. Cinquenta Anos foi dedicado ao meio século da autora. Encontro das Águas faz uma analogia às conversas de dois amigos com os mesmos dissabores. Reencontro de Si, mais um texto inspirado no poder das músicas em nosso estado de espírito. Noites de Quarentena, um apanhado de reflexões surgidas durante as noites de insônia no confinamento. O Antagonista entrou na roda para falar da linha tênue entre ser destemido e reservado, ter coragem para experimentar novas situações e trancar-se para proteger-se. Ode Aos Inimigos tem a função de encerrar o ciclo dos devaneios conversando sobre a importância dos desafetos para equilibrar-se, principalmente nas inspirações dos textos, funcionando como o amargo e o doce da vida.
Cada um traz pensamentos da alma, verbaliza sentimentos, ou instiga sobre assuntos polêmicos. São autônomos, sem intenção de levantar questões para futuros artigos. Como no rio, que nunca se toca nas mesmas águas, as emoções diferem a cada situação, mesmo que venham da mesma pessoa.
Mistérios surgem por detrás das cortinas e aguçam curiosidades. Desafios abrem brechas para novas inspirações. A renovação foi propulsora das produções.




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